20 novembro 2008

CARGA DE TRABALHOS

Aqueles que como eu, ou são freelancers, ou terminados de curso/à procura do 1º emprego/estágio ou ainda desempregados, conhecem bem este site: www.cargadetrabalhos.net.

O Carga de Trabalhos pode ser, em simultãneo, o melhor amigo e o maior criador de crises depressivas e falta de auto-estima que pode haver para qualquer pessoa da área da comunicação que se enconte numa das situações acima descritas.

Ora vejamos o exemplo de hoje:

"paginador / designer (estágio)

Requisitos:
- Designer/Paginador para trabalhos esporádicos em regime freelance na área de Lisboa
- Domínio do Indesign CS3 e Photoshop
- Capacidade de trabalho acima da média, rigor e método
- Flexibilidade de horário

Oferece-se:
- Estágio Remunerado
- Boas condições de trabalho
- Bom ambiente
- Entrada imediata


Envia o teu cv e portfólio para cintia@relance.com.pt, com o assunto paginador Part-time_1º e último nome"


O conceito de estagiário/ freelancer é uma coisa totalmente nova para mim. Mas o triste é que a caixa de e-mais da sra d. Cintia da Relance, já deve ter para cima de 150 e-mails com probabilidade de chegar aos 500 nos próximos 3 dias.

Vou experimentar mandar o curriculo a ver o que acontece (depois conto).

02 outubro 2008

RETRATO

E para que não digam que não me preocupo com as coisas que se andam aí a passar no mundo, aqui vos divulgo o retrato-robot do gajo que raptou a Madie.
Este retrato-robot foi gentilmente cedido pelo correio da manhã, numa manhã "daquelas" no café Rosa.

Se alguém vir este homem por aí, é favor informar as autoridades competentes.

VOLTAS E REVIRAVOLTAS NO FINAL DA DÉCADA

Pois que lá no final do mês passado fiz 29 anos, o que é um marco porque quer dizer que estou em contagem decrescente para os 30...
Por isso fiz questão de convidar todos os meus amigos para a minha festa dos 21, uma vez que é uma idade bem mais bonita, porque ainda tens esperança que isto tenha algum futuro (e eu tenho esperança em que ter esperança sirva de alguma coisa).

Ora e quem me lê-se neste momento poderia dizer que ando paí deprimida e desiludida com a vida. Nada disso, meus amigos, não antes dos 30. Ainda tenho 11 meses de juventude e esperança.
No final de contas, o facto de isto tudo andar uma grande merda, é apenas um grande desafio. E que de baixo para mais abaixo não descemos, ora que apenas existe um caminho e é sempre a caminho do topo. E lá que uma pessoa mude do "1696/dados e conteúdos" para a "retenção sapo adsl", ou "ok! teleseguros", ou ainda uns inquéritos ou quiçá ir até mesmo para o "1212" ou o numero concorrente da optimus (que não seu qual é)... enfim, será no fundo não mais do que estar no mesmo sítio e não ficar pior.

E foi aí que, depois de umas reviravoltas com alguns designs, uns melhores que outros, e depois de pensar que deve haver formas mais interessantes de ganhar dinheiro, decidi que está na hora de deixar de parvejar. Vo-me fazer à vida daquela a sério. Estou mesmo até disposta à eventualidade de ter de dar aulas.

(se tiver mesmo de ser).

Bem, e agora, em jeito de término, aqui vos deixo com uma nova tentativa de amizade no my space (anda tudo doido)...

27 junho 2008

THE OFFICE CLUB

Aqueles que viveram nas caldas entre 2005 e 2007 sabem do que lá se passou.
Três (acho que no inicio até eram quatro) pessoas juntaram-se e quiseram fazer por lá qualquer coisa coisa muito nova.
Do sonho nasceu o Office. Um espaço cheio de juventude e glamour, aplaudido por uns e criticado por outros.

Eu lembro-me como se fosse ontem. Inicios de Junho, um calor abrasador (por estranho que pareça nas Caldas da Rainha), saio de casa com o cabelo ainda encharcado do banho (ia chegar seco à escola), headphones, óculos escuros a tapar o olheirão da noitada de trabalho (final do ano lectivo), e o dito trabalho debaixo do braço.
Um carro apita, não ligo. Faz sinais de luzes, não ligo. Já vou no fim da rua quando me aparece a correr uma gajo com ar de empresário da noite (a típica camisa preta e o oculinho espelhado) – queria falar comigo.
“Ah, e tal!! Eu e uns sócios vamos abrir aí um espaço noturno, ali onde era o Rock’s (para quem não sabe, o Rock’s era assim um espaço tipo... Sei lá... Tipo Dock’s, mas mais pequeno... e no final muito vazio), e tinhamos pensado se não gostarias de ir para lá trabalhar”. Eu senti um misto de vangloria e nausea (mas por que raio se lembrou de mim? Devo ter cara de menina da noite), “epa... Eu acho que não sou bem o que voçês estão à espera... Eu não danço em cima do balcão e não uso decotes nem mini-saias”...

Foi aí que a coisa começou. Ele disse que era mesmo isso que andavam à procura. Queriam uma coisa mais séria, com concertos de Jazz e projecções de filmes e Dj’s alternativos. Um espaço multifunções, que funcionasse como bar e discoteca, e que até ia ter um pequeno palco para concertos. Tanto falou que me convenceu a dar o numero de telefone...

E assim foi. Quando lá fui a primeira vez ainda não havia chão, não havia cor nas paredes, não havia bolas de espelhos, não havia cabine. Tinha um patrão (O Catarino) à porta (mais uma vez um dia de sol nas Caldas da Rainha), e um puto montado numa bicicleta a falar com ele.
Quando cheguei, o patrão apresentou-me o puto. Era o Ride, e ia ser nosso residente.
Confesso que pensei “Bem, no que é que me ando a meter...”.

Depois foi a reunião com os “outros empregados”. Mais um patrão (o Edu), e os “outros empregados eram a Raquel que tinha trazido o António a reboque para lhe fazer companhia. Eu e ela aquilo foi empatia à primeira. Eles lá a fazerem os valores deles e os horários deles, e nós sempre muito desconfiadas. Saímos dali, pela primeira vez, para a Rua da Amargura, “Que é que achas?”.

Umas semanas depois e tinha chegado a hora - Dia menos um.
Lá tavamos nós, já com o amor à camisola que ainda hoje não sabemos de onde nos caiu, a raspar a tinta das paredes e a arrumar os armário poeirentos que herdámos do Rock’s.
Sete do Sete de Dois Mil e Cinco - Tinha chegado o primeiro dia. Seis pessoas num balcão onde quatro eram mais que suficientes. Ninguém se conhecia, metade (senão mais) não sabia o que fazia e todos davamos muitos encontrões uns nos outros.
O Ride... Percebemos logo tudo. “O puto tem jeito!!”.

Depois foi sempre a aviar. Noite após noite, chegou o Pedrinho, chegou o Telmíssimo, chegou o amor (muitos casais se fizeram naquela altura). Chegou a Mariana e o Padok. A família foi crescendo e o papel higiénico preto substituido por branco, o vermelho das paredes por verde.
Noites a deitar por fora e a fazer caracolinho à porta, noites que eramós nós e a festa tava feita. E chegou a Joaninha.
Veio o Jazz e outros eventos, veio o Stuart, as pareces ficaram douradas, e quando demos por nós, andávamos juntos para todo o lado.
Veio o César e a Mafalda. Já eramos uma família por essa altura. Eu e Luis não passavamos uma semana que não andássemos aos berros um com o outro (como bons pais de família).

E veio o Pantera e a Sofia.
Por esta altura eu ainda não me tinha apercebido o quanto aquelas oito horas por dia, cinco dias por semana me tinham mudado. Quem me viu e quem me vê sabe disso. Umas coisas melhores e outras piores. É a vida...
O que é certo é que me cansei, chorei e maldice aquela casa muita vez. Senti-me muitas vezes injustiçada, mas também me senti querida, amada e valorizada.

Sete do Sete de Dois Mil e Sete – Acabou-se. É daquelas coisas. Acontece.
Ainda me lembro o que chorei a entregar os ultimos envelopezinhos, com os nomes dos meninos, e a fechar a caixa, a carregar no botão do alarme, e tirar a chave do chaveiro e entrega-la ao Luis.
E depois aconteceu. Na quinta a seguir, tudo na minha casa a jantar. Dois meses depois, tudo nos meus anos. Um ano depois, ainda saimos todos juntos.

Sei que posso falar por todos. Somos e seremos, mais do que ex-combatentes, sempre uma família.

“Celebrate good times” – Domingo, 6. Mini-Mercado (Obrigada Manaia)

21 maio 2008

My Space.

Ao fim de alguns anos de e-mails esquisitos, uma pessoa já não devia ser assim muito sensível a estas coisas. Mas...
De alguma forma, algures entre o conteúdo e a forma, esta mensagem conseguiu chamar-me a atenção a um ponto que não resisti a compartilha-la convosco (já agora, se alguém quiser ter a ousadia de arriscar uma tradução...).

Aqui a têm tal qual veio ao mundo:

16 janeiro 2008

Actualizada.

Já to no call center, é muito giro. Já aprendi imensas coisas úteis sobre uns 20 tarifários de telemóvel, e o que é o i9 que são coisas muito importantes. Sinto que estou a desempenhar um papel primordial no desenvolvimento do país. Que seria das pessoas que não conseguem telefonar, se eu não tivesse no 1696 pa lhes dizer que tem de ter saldo no cartão para isso? (ou quiçá o telemóvel ligado)...


Entretanto já actualizei o MySpace! Ó que lindo (é carregar ali no titulo, que vai lá dar).

Prontos, vim cá só dizer isto. Se entretanto quiserem ter a simpatia de deixar paí um recadito a dizer que gostaram das minhas férias, ou que têm muita pena de mim porque faziam qualquer coisa menos trabalhar num call center, ou ainda que este inverno até não está assim muito frio... Façam favor.