19 outubro 2005

A CRISE DOS FRASCOS:

Bem, há quem possa achar que há questões sociais muito mais interessantes para se falar do que de frascos. Mas cá pra mim é um assunto como outro qualquer. E se havemos de falar sobre economia ou guerra (que são fundamentalmente o mesmo), porque não falarmos de aberturas (de frascos)? Não serão também questões do nosso dia a dia?

Bem, whatever. Foi sobre isso que eu e a Mara resolvemos falar, e são as nossas conclusões que vim aqui partilhar com voçês (sintam-se à vontade para mudarem imediatamente de assunto: www.publico.pt)

(...mas se não mudaram, aqui vai:) Há quem ache que hoje em dia tudo o que é produto importado já vem com abertura fácil. Mas o que acontece é que, com tanta doença e ameaças que tal que por ai andam... Estas coisas das aberturas já vêm com normalização aprovada pela EU.

Na nossa opinião, às vezes é preciso muita força de punho pra dar o rumo certo na rosca. É que a questão às vezes não é realmente a força, mas o jeitinho (inda para mais para os desgraçados que são canhotos, para quem a ergonomia se está bem cagando, e que nunca sabem para que lado girar a tampa)...
Os designers de tais frascos colocam em grandes letras "abertura fácil" e depois as instruções em letrinhas muito pequenas, muitas vezes imperceptiveis, esperando que tenhamos paciencia para ler as de cada um (ou seja, para cada marca, cada abertura). E a gente que se amanhe a olhar pás belas das salsichinhas, da compota ou dos picles apetitosos à transparencia, enquanto espetamos a faquinha, batemos no fundo até fazer "ploq" ou metemos debaixo de agua quente (ou fria, dependendo do ponto de vista).
Ou seja... será que a criação da famosa "abertura fácil" foi realmente uma inovação? Na nossa opinião não passa de mais uma estratégia para mostrar à malta que as coisas estão ali, mas só para olhar (o fruto proibido é o mais apetecido).

No tempo dos nossos pais, aprendia-se a abrir uma e depois as outras eram todas iguais. Agora temos de passar três horas a olhar pos frascos a ver se percebermos as instruções (inda pra mais quando os produtos são importados e as instruções vem na lingua de origem).

Enfim... Às vezes estes pequenos pormenores fazem toda a diferença.

3 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente contigo...Abertura fácil, uma porra, ainda levamos mais tempo de volta daquilo, ou porque falta bateres o cú do frasco para depois ser mais facil de abrir(como é o caso das lindas garrafas da compal, ou mm da porra da polpa de tomate).
Acho que deviam era fazer embalagens para dextros e outra para canhotos. Se há varios tamanhos de calças porque nem todos teem cinturinha de vespa ou mm cú pequenino, porque não haver coisas ara dextros e outras para canhotos?!?

Anónimo disse...

Es tão engraçada a escrever.

Quando te via nas aulas da Luisa Albuquerque, já se percebia...

lol

Sempre gostaste das metáforas

nunobark disse...

Quem nunca ficou enrascado a tentar desenroscar um produto enfrascado é porque nunca desenroscou nem se desenrascou ou nem sequer tentou (ditado impopular).